Como é formado as escalas?

Escala Jónico de C(Dó) maior no contrabaixo de 4 cordas e também chamada de C maior natural

Escala Musical: Ordenação sucessiva de sons a intervalos

Existem diversos tipos de escala, cada uma se prestando a um determinado estilo musical, assim temos escalas de Jazz, de Blues, de música barroca e etc.

Mas o nosso interesse aqui não são estas escalas citadas acima e sim a escala natural a partir da qual são construídos os acordes.

E-book “Super e-Book de Contrabaixo Elétrico”

Super e-Book de Contrabaixo Elétrico
Todo conteúdo do site reunidos em um só lugar – 130 páginas
Este post faz parte do conteúdo do livro digital “Super E-book de Contrabaixo”

Saiba Mais!

A Escala Natural é formada de dois tetracordes (acordes de 4 notas) separados por um intervalo de um tom e cada tetracorde possui os intervalos tom, tom, semiton.

Exemplo:

Usaremos a escala de C (dó) e assim temos a sequência C D E F G A B C (dó ré mi fá sol lá si do) que é a escala natural de C.

Vejamos porque

IIIIIIIVVVIVIIVIIIGRAUS
CDEFGABCNOTAS
111/211111/2INTERVALOS
Obs.: As cifras acima não representam acordes e sim notas consecutivas da escala musical
Escala de C maior natural
AUDIO MP3: Escala de C maior natural no contrabaixo de 4 cordas

Assim temos o C (dó) como o primeiro grau da escala e entre C e D ( dó e ré) temos um intervalo de 1 tom (C C# D), entre D e E, segundo e terceiro graus da escala, temos um intervalo de 1 tom (D D# E), entre E e F, terceiro e quarto graus da escala temos um intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (E F), pois E não possui # (sustenido)

Entre o quarto e quinto graus da escala, de F para G, temos um intervalo de 1 tom separando o primeiro tetracorde do segundo.

Entre o quinto e sexto graus temos um intervalo de 1 tom (G G# A), entre o sexto e sétimo grau temos um intervalo de 1 tom (A A# B).

E finalmente entre o sétimo e o oitavo graus temos o intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (B C) pois o B não possui sustenido. Obs: Mi (E) e Si (B), ou seja, as notas terminadas em “i” não possuem sustenido.

Com isto temos que a formula para se construir uma Escala Natural é dois tetracordes de tom, tom, semiton separados por um intervalo de 1 tom.

É por isto que a escala de C não possui acidentes (sustenidos ou bemois), o que não acontece com outras escalas, que possuem os seus acidentes específicos.

Vejamos abaixo a escala de D:

IIIIIIIVVVIVIIVIIIGRAUS
DEF#GABC#DNOTAS
111/211111/2INTERVALOS
Escala de D(Ré) natural

Entre E e F existe apenas 1 semiton, já que E não possui sustenido, por isso foi necessário acrescentar um sustenido em F para que a nossa fórmula se cumpra, ou seja o intervalo deve ser de 1 tom entre o segundo e terceiro graus da escala natural, portanto no caso desta escala específica temos ( E F F#) entre o segundo e terceiro graus da escala.

Entre o terceiro e quarto graus temos um intervalo de 1 semiton, (F# G).

Entre o sexto e sétimo graus da escala temos um intervalo de 1 tom, por isto fomos obrigados a acrescentar um sustenido em C, assim temos (B C C#) entre o sexto e sétimo graus da escala de D.

Entre o sétimo grau e o oitavo temos apenas um semiton, ou seja, (C# D). Nota-se que o primeiro e o oitavo graus são a mesma nota, a diferença entre elas dá-se na altura do som, o oitavo grau está uma oitava acima do primeiro grau, portanto mais aguda.

Descobrimos que a escala de D possui dois acidentes, um em F e outro em C e neste caso específico ambos são sustenidos.

Com estas informações você será capaz de construir todas as escalas naturais dos respectivos tons, prossiga, como exercício construindo as escalas de E F G A e B (e não se esqueça, lê-se, mi fa sol lá e sí).

Descubra por você mesmo quantos acidentes existem em cada tonalidade, quais são (se bemóis ou sustenidos), etc. Lembre-se que os acidentes são característicos das suas respectivas tonalidades, pode-se reconhecer uma escala pelo seu número de acidentes e quais são.

É importante frisar que o primeiro grau é que dá nome a escala