Escala Musical: Ordenação sucessiva de sons a intervalos
Existem diversos tipos de escala, cada uma se prestando a um determinado estilo musical, assim temos escalas de Jazz, de Blues, de música barroca e etc.
Mas o nosso interesse aqui não são estas escalas citadas acima e sim a escala natural a partir da qual são construídos os acordes.
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A Escala Natural é formada de dois tetracordes (acordes de 4 notas) separados por um intervalo de um tom e cada tetracorde possui os intervalos tom, tom, semiton.
Exemplo:
Usaremos a escala de C (dó) e assim temos a sequência C D E F G A B C (dó ré mi fá sol lá si do) que é a escala natural de C.
Vejamos porque
I | II | III | IV | V | VI | VII | VIII | GRAUS |
C | D | E | F | G | A | B | C | NOTAS |
1 | 1 | 1/2 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1/2 | INTERVALOS |
Assim temos o C (dó) como o primeiro grau da escala e entre C e D ( dó e ré) temos um intervalo de 1 tom (C C# D), entre D e E, segundo e terceiro graus da escala, temos um intervalo de 1 tom (D D# E), entre E e F, terceiro e quarto graus da escala temos um intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (E F), pois E não possui # (sustenido)
Entre o quarto e quinto graus da escala, de F para G, temos um intervalo de 1 tom separando o primeiro tetracorde do segundo.
Entre o quinto e sexto graus temos um intervalo de 1 tom (G G# A), entre o sexto e sétimo grau temos um intervalo de 1 tom (A A# B).
E finalmente entre o sétimo e o oitavo graus temos o intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (B C) pois o B não possui sustenido. Obs: Mi (E) e Si (B), ou seja, as notas terminadas em “i” não possuem sustenido.
Com isto temos que a formula para se construir uma Escala Natural é dois tetracordes de tom, tom, semiton separados por um intervalo de 1 tom.
É por isto que a escala de C não possui acidentes (sustenidos ou bemois), o que não acontece com outras escalas, que possuem os seus acidentes específicos.
Vejamos abaixo a escala de D:
I | II | III | IV | V | VI | VII | VIII | GRAUS |
D | E | F# | G | A | B | C# | D | NOTAS |
1 | 1 | 1/2 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1/2 | INTERVALOS |
Entre E e F existe apenas 1 semiton, já que E não possui sustenido, por isso foi necessário acrescentar um sustenido em F para que a nossa fórmula se cumpra, ou seja o intervalo deve ser de 1 tom entre o segundo e terceiro graus da escala natural, portanto no caso desta escala específica temos ( E F F#) entre o segundo e terceiro graus da escala.
Entre o terceiro e quarto graus temos um intervalo de 1 semiton, (F# G).
Entre o sexto e sétimo graus da escala temos um intervalo de 1 tom, por isto fomos obrigados a acrescentar um sustenido em C, assim temos (B C C#) entre o sexto e sétimo graus da escala de D.
Entre o sétimo grau e o oitavo temos apenas um semiton, ou seja, (C# D). Nota-se que o primeiro e o oitavo graus são a mesma nota, a diferença entre elas dá-se na altura do som, o oitavo grau está uma oitava acima do primeiro grau, portanto mais aguda.
Descobrimos que a escala de D possui dois acidentes, um em F e outro em C e neste caso específico ambos são sustenidos.
Com estas informações você será capaz de construir todas as escalas naturais dos respectivos tons, prossiga, como exercício construindo as escalas de E F G A e B (e não se esqueça, lê-se, mi fa sol lá e sí).
Descubra por você mesmo quantos acidentes existem em cada tonalidade, quais são (se bemóis ou sustenidos), etc. Lembre-se que os acidentes são característicos das suas respectivas tonalidades, pode-se reconhecer uma escala pelo seu número de acidentes e quais são.
É importante frisar que o primeiro grau é que dá nome a escala