Modos Gregos, compreendendo classificação atual e aplicação

Escala Jônico no contrabaixo 4 cordas

Partimos da escala padrão diatónica (a que se forma pelas notas sem acidentes) dó – ré – mi – fá – sol – lá – si, e sobre cada uma destas notas criamos uma nova escala diatónica.

Quando fazemos isto, a relação dos tons é alterada, consequentemente todo o campo harmónico também muda, visto que, ao estabelecer uma nota como a inicial, estabelece-se a tónica da nova escala.

E-book “Somente Escalas”

E-book Somente Escalas

Estas escalas fazem parte do E-book Somente Escalas, com 110 páginas.

Neste e-book você vai aprender as escala dos contrabaixo e de como aplicar.

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Para ser mais claro, na escala musical temos funções que classificamos como graus para cada uma das notas, de acordo com sua posição acerca da primeira.

Portanto, (nota por nota) sendo os graus: tónica, super-tónica, mediante, sub-dominante, dominante, super-dominante e sensível (para, por exemplo: dó – ré – mi – fá – sol – lá e si), o que mudamos no sistema modal é esta função de cada uma, criando uma nova relação entre os graus e notas.
Tudo isso deve-se unicamente por estabelecermos uma nova tônica mantendo os intervalos.

Como são!
Da escala diatónica: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, extraímos a relação intervalar de tons (T) e semitons (st) seguinte:
T – T – st – T – T – T – st.

Sempre que existir esta relação intervalar, teremos o modo jónio ou escala maior (no caso, de dó).

Se firmarmos como tónica o ré, usando a mesma escala diatónica, teremos: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó:
T – st – T – T – T – st – T.

Sempre que esta relação existir, teremos o modo dórico, e assim por diante:

Modos
T – T – st – T – T – T – st : Jónio
T – st – T – T – T – st – T : Dórico
st – T – T – T – st – T -T : Frígio
T – T – T – st – T – T – st : Lídio
T – T – st – T – T – st – T : Mixolidio
T – st – T – T – st – T – T : Eólio
st – T – T – st – T – T – T : Lócrio

Exemplos:
dó – ré – mi – fá – sol – lá – si : Jónio
ré – mi – fá – sol – lá – si – dó : Dórico
mi – fá – sol – lá – si – dó – ré : Frígio
fá – sol – lá – si – dó – ré – mi : Lídio
sol – lá – si – dó – ré – mi – fá : Mixolídio
lá – si – dó – ré – mi – fá – sol : Eólio
si – dó – ré – mi – fá – sol – lá : Lócrio

Entendendo melhor
Para sabermos utilizar tais sistemas na prática, devemos ter em mente que a escala musical atual é cromática, podemos estabelecer uma tonalidade e sobre esta (sem mover a nota da tónica) estabelecer cada uma das funções de um modo.

Escalas Modos Gregos no contrabaixo

Isso cria, para cada modo, um novo campo harmónico, uma tónica em escalas diferentes.

Classificação atual
Atualmente, classificamos os modos como maiores e menores, de acordo com o primeiro acorde que formarão em seu campo harmônico.

Modos maiores
• Jônio
• Lídio
• Mixolídio

Modos Menores
• Dórico
• Frígio
• Eólio
• Lócrio (este podendo ser também classificado como diminuto)

Aplicabilidade
Para aplicarmos os modos praticamente, devemos ter conhecimento sobre harmonia para compreender os encadeamentos harmônicos que cada escala modal propõe.

Na realidade, é muito simples: se, por exemplo, tocamos uma música na tonalidade de dó maior, cuja tônica (estabelecemos) é o sol, estamos trabalhando com o modo “sol mixolídio” (muito usado em músicas nordestinas).

Se, harmonicamente, em uma música cujo tom está em dó maior, surge um acorde de ré maior, estamos no modo “dó lídio”. Conhecer os modos facilita a interpretação e composição musical, desde que tenhamos bem óbvia a questão da harmonia.

Escalas Modo Gregas no contrabaixo de 4 cordas – Jônico, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio, Elólio, Lócrio